quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O valioso tempo dos Maduros


O Poema “O valioso tempo dos maduros” de Mário de Andrade serve-me hoje para algumas reflexões:



Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!


Assim, fazendo de tudo para ser o menos arrogante possível, quero viver o que falta da minha vida pensando no que é melhor para mim e para as pessoas que eu amo.
Buscando o que realmente me fará feliz.
Vou distribuir o tempo de cada dia entre a busca pela minha satisfação pessoal e profissional.
Sempre pensando em não mais perder meu tempo à toa.
Também pensando em quais as conseqüências de meus atos para as pessoas que amo, sendo assim não devo fazer algo apenas pelo meu bem estar se em um futuro próximo ou mais adiante alguém que amo venha sofrer pelo que eu tenha feito.

Quero paz, mas também quero me doar para os outros, afinal assim sinto-me melhor.

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